O Banco Central (BC) está estudando uma maneira de viabilizar o uso do Pix para transações financeiras internacionais. A ideia foi reforçada na sexta-feira (24) pelo presidente do banco, Roberto Campos Neto.
Segundo o representante da instituição, a instituição está avançando na discussão sobre uma moeda digital, mas destacou a importância de que os bancos centrais atuem de maneira integrada para que essas diferentes moedas possam ser negociadas entre diversos países.
“Temos um projeto para que, no futuro, o PIX possa fazer transferências para outros países, mas dependemos do avanço nas discussões sobre o lançamento de moedas digitais por outros bancos centrais”, afirmou Campos Neto, em palestra no Latin America Disruptive Tech Founders & CEO Virtual Summit 2021, promovido pelo Bank of America;
Pix é transação mais popular
A ferramenta de transferência instantânea, criada pelo BC, está em funcionamento desde novembro de 2020 e já ultrapassou R$ 1 trilhão em transações, segundo dados coletados até abril. Segundo o BC, o crescimento é mês a mês. Foram R$ 307 bilhões em transações via Pix no mês passado, com 478,6 milhões de operações.
Desde março, a maior parte das transações feitas no país são Pix. Nesses seis meses, o valor médio de um Pix é de R$ 717. Em abril, cresceu ainda mais a vantagem para o segundo colocado, os boletos, que contabilizaram 336 milhões de operações no mês passado.
A terceira operação mais realizada em abril foram as TEDs (111 milhões), seguidas de DOCs (8 milhões).
Desde a sua criação, o Pix já recebeu cadastro de 104 milhões de usuários. A maior parte deles (94%) são pessoas físicas e jovens de 20 a 39 anos. Usam menos o Pix os menores de 19 anos e os maiores de 60 anos.
Foram cadastradas 1,007 bilhão de chaves em seis meses, que permitem o uso do PIX. Apenas no mês de abril de 2021 foram 230,6 milhões de chaves cadastradas, sendo:
- CPF – 72,5 milhões
- Número de celular – 51,034 milhões
- email – 33,670 milhões
- CNPJ – 4,658 milhões
- Chaves aleatórias – 68,7 milhões